Quando ir ao Psiquiatra
Publicado por Priscilla Falcão em
Quando ir ao Psiquiatra?
O objeto de estudo principal do psiquiatra é o cérebro, mas nem por isso devemos nos ater a ele. Nossos circuitos cerebrais conversam com todo o corpo e através dele manifestam os fenômenos da consciência. Mente, emoções e comportamento são alguns elementos desse conjunto indivisível.
Nossa avaliação mais valiosa é o exame do estado mental, que se inicia no momento em que o paciente entra na sala. A partir desse primeiro contato e enquanto colhemos a história, avaliamos aparência, atitude, consciência, orientação, cognição, pensamento, fala, humor, afeto, sensopercepção, juízo de realidade, psicomotricidade, insight, dentre outros.
Avaliamos também as funções neurovegetativas (como sono e apetite) e temos que estar atentos e aptos a excluir outras causas orgânicas não psiquiátricas que podem ser o motivo para algumas alterações da mente e comportamento. É importante estar capacitado para enxergar o paciente como um todo!
Muitas pessoas tem dúvidas sobre quando ir a um psiquiatra. Como já mencionado, o psiquiatra lida com a mente, emoções e comportamento. Portanto, é o especialista indicado quando algo em relação a qualquer dessas funções (que são interligadas) está causando sofrimento ou limitações signiticativos a você ou às pessoas pessoas que convivem com você.
Alguns exemplos de sintomas comuns:
– Preocupação e/ou medo excessivos, crises com sintomas físicos como: palpitações, dificuldades de respirar, tremor, dor no peito, formigamentos, entre outros.
– Alterações do humor como tristeza, irritabilidade, disforia ou euforia.
– Falta de prazer e motivação em atividades que antes eram exercidas com prazer e motivação.
– Dificuldades persistentes nos relacionamentos interpessoais.
– Dificuldades persistentes em relação às habilidades sociais.
– Dificuldades em manter a atenção e o foco em situações e tarefas de diversos contextos da vida.
– Pensamentos incômodos frequentes e/ou atos repetitivos focados no próprio corpo ou no ambiente.
– Dificuldades em controlar a impulsividade, como nos comportamentos compulsivos ou explosões de raiva e agressividade.
– Dificuldades na relação com a comida ou com a própria imagem.
– Alterações significativas do humor e nível de ansiedade após passar por evento de vida estressor (como por exemplo os que envolvem tragédias e violência).
– Dificuldades em deixar de usar uma substância (como álcool, tabaco ou outras), mesmo havendo prejuízos claros associados ao uso.
– Alterações do sono como: dificuldades para começar a dormir, acordar muitas vezes à noite ou dificuldades em manter um tempo de sono adequado para o descanso.
– Percepções sensoriais (auditivas, visuais ou outras) e idéias/crenças que são não compartilhados por pessoas do mesmo contexto social, cultural e religioso, como alucinações e delírios.
– Pensamentos e comportamentos “sem sentido” ou bizarros quando observados por pessoas do mesmo contexto social, cultural e religioso.
Alguns do diagnósticos tratados por psiquiatras são: Depressão, Transtorno Bipolar, Ansiedade, Pânico, Transtorno do Estresse Pós-Traumático, Transtornos de personalidade (como o transtorno de personalidade borderline, por exemplo), TDAH, Espectro Autista, Esquizofrenia, Transtorno Delirante, Dependência química (tabaco, álcool, cocaína, maconha, etc), Transtorno explosivo intermitentes, Transtornos relacionados a comportamentos excessivos (como: sexo, compras e jogos), Transtornos alimentares, Transtornos da autoimagem, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), dentre muitos outros.
Se identificou com algum dos sintomas ou tem algum dos diagnósticos acima? Talvez seja a hora de marcar uma consulta.
Dicas para a primeira consulta: Além da sua queixa principal e o contexto em que ela se desenvolve, será importante também saber, por exemplo, sobre tratamentos psiquiátricos passados (se houver – qual era o diagnóstico? Qual medicação usou? Teve intolerância a alguma? Teve boa resposta ao tratamento?), se você faz outros tratamentos (como pressão alta, diabetes, tireóide e outros), se está tomando medicações (inclusive as naturais e as que não precisam de prescrição médica), se há história de doenças psiquiátricas na família e se há uso de substâncias (como cigarro, álcool e outros). Se tiver exames e receitas que sejam relevantes para a consulta, pode ser de grande ajuda! Além disso, em alguns casos um acompanhante que tenha convivência próxima pode ser um bom aliado para esclarecer bem todos os pontos da história (mas ir acompanhado ou não é sua escolha!).
Tem alguma dúvida e desejaria agendar uma avaliação? Entre em contato comigo:
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