Quando o LUTO se torna complicado?
Publicado por Priscilla Falcão em
Quando o luto se torna complicado
O luto é uma resposta natural a qualquer tipo de perda, e cada pessoa o vivencia de uma maneira, podendo apresentar diferentes reações emocionais. O luto também não tem prazo definido para acabar: para alguns, ele pode durar meses, para outros, anos. Quando se elabora o luto, a pessoa querida não é esquecida, já que as lembranças e a ausência continuam, mas a perda deixa de ocupar um lugar de destaque na vida de quem passou pelo luto.
Porém, em alguns casos o luto pode se transformar no que chamamos de “luto complicado”, quando essa fase se torna ainda mais difícil que o normal. Nessa situação, a pessoa enlutada permanece voltada para a perda e tem dificuldades de se adaptar à nova realidade, gerando prejuízos importantes na sua rotina e saúde mental. A pessoa pode apresentar dificuldade extrema em aceitar a perda e seu luto permanece não resolvido ao longo de vários anos, interferindo no seu estado emocional e impactando sua vida de forma significativa.
Alguns possíveis sinais de luto complicado são, após um longo período de luto: foco extremo na perda, desejo intenso de encontrar a pessoa que faleceu, dificuldade para aceitar a morte, dificuldade para realizar as atividades do cotidiano, estado de humor persistentemente alterado e sentimento de que a vida não tem propósito. Além disso, a pessoa também pode parar de se preocupar com o autocuidado (higiene, alimentação), se afastar de outros relacionamentos e do emprego e deixar de participar dos eventos da vida cotidiana.
Esse tipo de luto pode ocorrer mais frequentemente para pessoas que perderam entes queridos de maneira abrupta – como está ocorrendo durante a pandemia. Por isso, a pessoa em luto merece atenção e cuidado e deve sempre saber que ela pode contar com a ajuda de amigos e familiares e, se necessário, de um profissional (como psicólogo ou psiquiatra). Não julgue e não apresse, mas esteja presente para a pessoa em luto!
*Esse é um repost do @proalu.unifesp
0 comentário